Nos tornarmos quem somos verdadeiramente...
- Marina Linhares
- 21 de mai. de 2024
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A vida deve ser um processo de nos tornarmos quem somos verdadeiramente, ou de pelo menos reconhecer esse ser.
Andei pensando sobre isso nessas últimas semanas desafiadoras que tenho vivido. Na verdade um ano todo cheio de desafios.
Precisei me desidentificar de muitos papeis que assumi, assim como todo mundo em geral, e isso é tão complexo.
Minha avó esteve doente nos últimos anos, e com os seus 91 anos, mudou sua forma. Já não ocupa mais seu corpo de avuela.
Perder papeis é, na verdade, a grande potência de nos tornarmos quem somos verdadeiramente. O convite que eu sinto no Yoga é o de ver o que existe dentro e fora de nós, no espaço de não saber.
Há um perigo nas práticas espirituais de achar que somos especiais, de achar que somos diferentes das outras pessoas, quando a direção que o Yoga aponta é justamente outra: a de nos reconhecermos como IGUAIS.
Carregamos uma imagem de nós mesmos: uma imagem criada na mente. Para dissolver nossa resistência de encarar quem somos, o caminho é para dentro. Podemos permitir que os pensamentos se dissolvam e dar a nós mesmos uma folga! Para além de todo o estardalhaço e confusão, existe espaço.
Realmente vez ou outra somos convidados a uma metamorfose interna que quase sempre é dolorida, mas só assim para enxergarmos forças que não sabia que tinhamos.